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FIV
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

Veja tudo sobre um dos mais eficientes tratamentos de reprodução humana assistida da atualidade

A Fertilização In Vitro (FIV) é uma técnica de reprodução assistida que permite a fertilização de óvulos pelo espermatozoide fora do corpo humano, em um ambiente controlado em laboratório. A FIV é uma opção para casais que têm dificuldades em engravidar naturalmente devido a uma série de fatores, como problemas de infertilidade masculina, idade avançada, distúrbios ovulatórios ou obstruções tubárias.

Principais indicações da Fertilização in Vitro

A Fertilização In Vitro (FIV) é indicada para casais que têm dificuldade em conceber naturalmente devido a diversas causas de infertilidade, tais como problemas na ovulação, fatores tubários, endometriose, baixa contagem de espermatozoides ou problemas genéticos.

Além disso, a FIV pode ser utilizada em casos de falhas em outras técnicas de reprodução assistida, como inseminação intrauterina, ou para preservação da fertilidade em mulheres que desejam adiar a gestação por motivos pessoais ou médicos, como o câncer.

Também pode ser indicada em casos em que o homem ou a mulher possuem uma doença genética que pode ser transmitida para os filhos, sendo possível realizar a seleção genética pré-implantacional (PGS) ou diagnóstico genético pré-implantacional (PGD) para evitar a transmissão da doença.

Como é feito o procedimento de Fertilização in Vitro?

O procedimento de fertilização in vitro (FIV) é realizado em algumas etapas distintas. Vamos descrever melhor, abaixo, cada uma delas.

Estimulação ovariana

O primeiro estágio é a estimulação ovariana, em que a paciente passa pela aplicação de uma dosagem adequada de medicamentos, recomendada pela médica, de modo que estimule o crescimento de folículos, que serão posteriormente aspirados para captar os óvulos.

Captação dos óvulos

Na segunda fase da fertilização in vitro (FIV), cerca de 36 horas depois do trigger (sua médica vai te explicar o que é isso na hora certa), é feita a captação dos óvulos. O procedimento é realizado com um ultrassom transvaginal, utilizado pela médica para localizar os folículos ovarianos. Fazendo uso de uma agulha fina, a especialista aspira o líquido dos folículos, região onde estão localizados os gametas femininos (óvulos).

Cultura de embrião

Depois que os óvulos são captados e fertilizados com os espermatozoides, devidamente coletados através da masturbação ou captados por um banco de doação, o embrião resultante é colocado em um meio de cultura especial em laboratório para que possa se desenvolver.

A cultura de embrião geralmente ocorre em incubadoras, que fornecem as condições ideais de temperatura, umidade e dióxido de carbono para apoiar o seu desenvolvimento. O meio de cultura é projetado para fornecer todos os nutrientes, vitaminas e minerais necessários para o crescimento do embrião.

Transferência de embriões

Por fim, a última etapa da FIV acontece quando é realizada a transferência de embriões. Depois de serem fertilizados e cultivados em laboratório, são transferidos para o útero da paciente para permitir que continuem seu desenvolvimento.

A transferência embrionária geralmente ocorre cerca de 3 a 5 dias após a captação dos óvulos, dependendo da idade e da qualidade dos embriões e do plano de tratamento do médico.

Injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI)

A injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI) pode ser uma grande aliada da FIV em situações de infertilidade masculina. Na ICSI, um único espermatozoide é selecionado e injetado diretamente no citoplasma de um óvulo maduro usando uma agulha muito fina. Após a injeção do espermatozoide, o óvulo é monitorado em cultura para ver se ocorre a fertilização.

Embora a ICSI seja considerada uma técnica de fertilização in vitro (FIV) modificada, as duas metodologias são comumente combinadas em ciclos de tratamento de fertilidade. Isso permite que a médica escolha a melhor opção para cada casal, a depender de suas necessidades específicas.

Quais são as chances de engravidar com a Fertilização in Vitro?

Em média, as taxas de sucesso da fertilização in vitro (FIV) variam entre 30% e 50% por ciclo de tratamento, o que significa que há uma chance de engravidar em cada tentativa. No entanto, é importante lembrar que o processo pode envolver várias tentativas, o que aumenta a chance de sucesso ao longo do tempo.

Entre os principais fatores que podem interferir nas taxas de êxito deste procedimento de reprodução assistida, podemos citar:

  • Idade da mulher – as mais jovens têm maiores chances do que as mais velhas;
  • Qualidade dos óvulos;
  • Morfologia e viabilidade dos espermatozoides;
  • Causa da infertilidade do casal e/ou de um dos parceiros;
  • Técnica médica utilizada.

Quais são as possíveis complicações da FIV?

A Fertilização in Vitro (FIV) é um tratamento seguro, mas como qualquer procedimento médico, pode ter algumas complicações. Algumas possíveis complicações da FIV incluem a síndrome da hiperestimulação ovariana e o fenômeno conhecido como gestações múltiplas. Conheça mais sobre estes possíveis inconvenientes abaixo.

Síndrome da Hiperestimulação Ovariana

A Síndrome da Hiperestimulação Ovariana (SHO) é uma complicação potencialmente grave que pode ocorrer durante um ciclo de tratamento de fertilização in vitro (FIV). A SHO pode acontecer em mulheres com grande reserva ovariana e é provocada pelo uso de medicamentos indutores da ovulação, que podem fazer com que os ovários se tornem grandes e dolorosos.

Em alguns casos, pode ocorrer um acúmulo de líquido nos tecidos e nas cavidades do corpo, incluindo o abdômen, os pulmões e o coração. O tratamento da SHO depende da gravidade dos sintomas. Em quadros leves, pode ser recomendado repouso e hidratação, enquanto nos mais graves, pode ser necessário hospitalização para monitoramento e tratamento.

Gestações múltiplas

A gestação múltipla é também uma complicação potencialmente associada à Fertilização in Vitro (FIV), uma vez que, em alguns casos, são transferidos mais de um embrião para o útero da mulher durante o tratamento. Isso pode aumentar as chances de gestação múltipla, como gêmeos, trigêmeos ou mais.

Embora algumas pessoas sonhem em ter filhos gêmeos, a gestação múltipla apresenta riscos adicionais para a mãe e para os bebês, como maior risco de aborto espontâneo, de pré-eclâmpsia, de parto prematuro, de diabetes gestacional ou de necessidade de cesariana.

Para entender mais sobre a fertilização in vitro (FIV) e todas as suas aplicabilidades, envie agora mesmo uma mensagem para a Dra. Aline Leite e agende a sua consulta.

 

Fontes:

Sociedade Brasileira de Reprodução Humana

Associação Brasileira de Reprodução Assistida