Conheça mais sobre essa técnica de baixa complexidade, focada em ajudar casais a conquistarem a tão sonhada gestação
O coito programado é uma técnica de reprodução assistida que consiste em determinar o período fértil da mulher e programar relações sexuais com o objetivo de aumentar as chances de concepção. Neste artigo, você vai conhecer todos os detalhes dessa metodologia, quando ela é indicada e quem pode se beneficiar dela.
Como funciona o namoro programado?
O processo de coito programado geralmente começa com a mulher realizando exames para determinar o seu período fértil. Isso pode incluir kits detectores de ovulação comprados em farmácias, exames de sangue para verificar os níveis de hormônios reprodutivos e a realização de ultrassonografias para monitorar o crescimento dos folículos ovarianos.
Com base nessas informações, o casal é aconselhado a ter relações sexuais nos dias em que a ovulação é mais provável. Em alguns casos, o coito programado pode ser combinado com o uso de medicamentos que estimulam a ovulação, a serem receitados pela médica. Isso pode aumentar ainda mais as chances de concepção, especialmente em casais que têm dificuldade para engravidar de forma espontânea.
É importante ressaltar que o coito programado não é garantia de sucesso e pode não funcionar para todos os casais. Se, após algumas tentativas, a gravidez não acontecer, pode ser necessário considerar outras opções de tratamento para a infertilidade, como a inseminação artificial ou a fertilização in vitro (FIV).
Para quem o tratamento é indicado?
O tratamento de coito programado é recomendado especialmente para mulheres que têm dificuldade em ovular. Assim sendo, a técnica pode ser seguida tendo em vista alguns critérios:
- Idade materna menor que 38 anos;
- Pelo menos 1 tuba pérvia e funcionante
- Homens com mais de 5 milhões de espermatozoides progressivos ao espermograma;
- Mulheres com síndrome dos ovários policísticos e mais nenhuma outra causa de infertilidade do casal.
Qual o tempo de duração do tratamento?
O tempo de duração do tratamento de coito programado pode variar de casal para casal e dependerá de diversos fatores, como a causa da infertilidade, a idade da mulher e a resposta do casal ao procedimento médico.
Em geral, o tratamento de coito programado pode durar entre um e três ciclos menstruais. Durante esse período, a mulher deve ser monitorada por meio de exames de ultrassonografia e/ou exames de sangue para determinar o período fértil e, assim, estabelecer o momento ideal para as relações sexuais.
Caso o casal não consiga engravidar após três ciclos de coito programado, é possível que seja necessário avaliar outras opções de tratamento, como a inseminação artificial ou a fertilização in vitro (FIV), já anteriormente citadas.
É importante destacar que, apesar de este tratamento ser relativamente simples e de baixo custo, não há garantia de sucesso e cada caso deve ser avaliado individualmente pela médica.
Coito programado: quais as chances de sucesso?
Em geral, estima-se que as chances de sucesso do coito programado estejam em torno de 10% a 20% por ciclo menstrual. Isso significa que, em média, a cada cinco a dez ciclos de tratamento, uma gravidez pode acontecer.
No entanto, as chances de êxito podem ser maiores ou menores a depender das características individuais do casal e da causa da infertilidade. Por exemplo, mulheres mais jovens e casais com baixa complexidade reprodutiva podem ter maiores chances de sucesso no tratamento.
Além disso, o coito programado é uma técnica que depende da fertilidade natural do casal e, portanto, pode não ser eficaz em casos de infertilidade grave ou em que há problemas significativos na qualidade do espermatozoide ou do óvulo.
Riscos e contraindicações
O coito programado traz baixa complexidade e raramente apresenta riscos significativos para a saúde do casal. No entanto, é importante ter bom senso para indicar este tratamento, tendo em vista sua taxa de sucesso ligeiramente inferior.
Uma contraindicação importante é a presença de infecções sexualmente transmissíveis, pois podem ser transmitidas durante a relação. A presença de doenças como gonorreia ou sífilis pode provocar infecções pélvicas e atrapalhar a chance de concretização da gravidez, assim como comprometer a saúde geral da paciente.
Outra contraindicação pode ser a idade mais avançada da mulher. Pacientes com mais de 37 anos podem apresentar uma taxa de sucesso menor com o coito programado.
Mulheres com quadro de endometriose também podem não obter êxito com esse procedimento. Já o histórico de cirurgias pélvicas também pode ser prejudicial, uma vez que, em alguns casos, podem aumentar o risco de aderências ou obstruções nas tubas, trazendo uma possível dificuldade na fertilização.
Em resumo, é importante destacar que, embora o coito programado seja uma técnica segura e de baixo custo, existem outras opções de tratamento disponíveis, como a inseminação artificial e a fertilização in vitro (FIV), que podem ser mais indicadas em casos específicos de infertilidade.
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Fontes:
Febrasgo
Sociedade Brasileira de Reprodução Humana